Programação do MART para a 22° Semana de Museus sensibiliza centenas de visitantes

CABO FRIO (RJ) – Entre os dias 13 e 18 de maio, o Museu de Arte Religiosa e Tradicional (Mart/Ibram) promoveu diversas ações educativas e culturais como parte da programação da 22° Semana Nacional de Museus, cujo tema foi “Museus, educação e pesquisa”. Todas as atividades foram realizadas por fazedores de cultura da Região dos Lagos.

O tema, proposto anualmente pelo ICOM – Conselho Internacional de Museus – para o Dia Internacional dos Museus, celebrado em 18 de maio, apresentou uma reflexão sobre a fundamental atuação dos museus como impulsionadores de educação e pesquisa.

Ao todo, o Mart realizou 11 atividades: Oficinas de moda e sustentabilidade, com Sandra Barbosa e Joice Emiliano; de desenho, com Lígia Hespanhol; de fotografia, com Raphael Paz; de teatro, com o Núcleo de Experimentos Cênicos – NEC; rodas de conversa, desfiles de moda, apresentação teatral. Destaque para as exposições: “Olhar da Perifa Ocupa o Mart”, do Coletivo Cultural Olhar da Perifa, que pode ser conferida no site do museu; e “Tradicionais: essência e resistência da pesca artesanal”, de Raphael Paz, que ficará em exposição na saleta (recepção) do Mart, até o dia 13 de julho.

As ações sensibilizaram mais de 300 pessoas, entre alunos e educadores de escolas municipais, estaduais e particulares, cursos de capacitação e grupos de passeios. Participaram, também, visitantes de várias cidades da Baixada Litorânea e Região Metropolitana do Rio de Janeiro, como a estudante de museologia da UNIRIO, Ana Figueiredo (20), de Rio Bonito, região metropolitana, que participou da oficina de Empreendedorismo Sustentável, com a professora Sandra Barbosa, e falou um pouco sobre essa experiência:

Eu achei uma experiencia muito lúdica e muito importante, justamente no campo dos museus, porque as pessoas têm essa visão dos museus como lugares estagnados, lugares chatos, do passado. E isso é uma vivência muito importante para as pessoas, não só da comunidade, como de longe.
Em Rio Bonito, por exemplo, nós não temos nenhum museu. Então a gente acaba evadindo para outros lugares e sendo público desses locais. […] é um público que existe e não está sendo atendido. E aqui, não só está sendo atendido, mas também está experienciando coisas que são muito importantes para o museu e sua convivência com a comunidade.

Imaculada Conceição Lima, pedagoga, ressaltou a organização do Mart: “O espaço é muito bem conservado, os funcionários são muito solícitos. Eu achei as placas e explicações, tudo relacionado à expografia, muito lúdicas e interessantes”, comentou.