Instituto Brasileiro de Museus
Museu de Arte Religiosa e TradicionalEXPOSIÇÃO ‘ALMA QUILOMBOLA’ TEM ESTREIA NO MART NESTA SEXTA (28)
CABO FRIO (RJ) — Nesta sexta-feira (28), a partir das 17h, acontecerá, no Museu de Arte Religiosa e Tradicional (Mart), o evento de inauguração da nova exposição de curta duração “Alma Quilombola”, de Roselene Pereira.

Estão programados uma prosa cultural e um café quilombola como parte da atividade, com a presença de Gessiane Nazario (doutora em educação quilombola), Juarez Costa (superintendente de Igualdade Racial da Secretaria de Cultura de Iguaba Grande), Nilma Acioli (historiadora com pós-doutorado em História Comparada) e Selma Oliveira (presidente das marisqueiras quilombolas da Rasa).
A exposição “Alma Quilombola” apresenta aspectos da memória e da trajetória do Quilombo da Rasa, localizado em Armação dos Búzios (RJ). Por meio de suas obras em aquarela no estilo NAIF, a artista aborda questões urgentes relacionadas à preservação ambiental, à relevância das comunidades tradicionais para o meio ambiente e à lembrança de um dos episódios mais tristes da história do país: a escravidão.
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO:
17h – Recepção
17h30 – Prosa Cultural
19h – Café Quilombola
19h30 – encerramento
As obras ficarão em exposição na saleta do Mart até maio de 2026, com visitação aberta ao público de terça a sexta-feira, das 10h às 17h, e aos sábados, das 10h às 14h. O museu está localizado no Largo de Santo Antônio, s/nº, Centro – Cabo Frio (RJ), no antigo Convento de Nossa Senhora dos Anjos. A entrada é gratuita.
SOBRE A ARTISTA

Roselene Pereira da Conceição, nascida em 5 de março de 1977 em Cabo Frio, é uma artista naif, educadora e assistente social, que carrega consigo as raízes da comunidade quilombola da Rasa, em Armação dos Búzios. Filha de Rosalina Pereira da Conceição e do pescador e carpinteiro naval Andrelino Fausta da Conceição, Roselene cresceu imersa nas tradições e belezas naturais do quilombo, o que despertou nela uma profunda conexão com a cultura afro-brasileira.
Sua arte naif, com cores vibrantes e traços espontâneos, é um reflexo de sua vivência quilombola, retratando o cotidiano, as festas e as histórias da comunidade. Cada tela é uma homenagem à memória e à cultura de seu povo.
Paralelamente à sua produção artística, Roselene dedica-se à educação quilombola, um projeto que utiliza a arte como ferramenta pedagógica para fortalecer a identidade quilombola e promover um futuro mais justo e igualitário. Sua paixão pela arte e pela educação a impulsiona a compartilhar a riqueza do patrimônio imaterial quilombola com o mundo.